Anoiteceu de repente. O sol durante o dia não abriu e o céu
plúmbeo dava lugar a chuva intensa. Lá dentro por detrás das cortinas o som do
cravo, ritmado e simples, vindo do fundo da casa. Mais próximo da janela o
matraquear da máquina de escrever do avô. De repente, um ruído seco, de dedos
no vidro. Espreitou para fora, e nada. Apenas o vento e a chuva intensificava a
tristeza que tinha dentro de si.
Alda Gonçalves, 47 anos, Porto
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Desafio RS nº 25 – dedos que batem
no vidro (cena)
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