Bailava como ninguém fazia. Balanceava
as elegantes pernas, belíssimas,
nas rendadas meias. Borboleta de
palcos iluminados baseava a vida na beleza etérea da evasão: brindava aos ritmos divinos buscando a máxima perfeição.
Bebedeira intensa a magia breve
do aplauso, o bater das palmas
desejado. Bilheteiras enchiam-se,
mas nos bastidores a vida era bastarda. Uma solidão cansada batia forte e esmagava. Besta sedenta a solidão! Bênção salvadora seria amar, beber no outro o bálsamo regenerador para tudo mudar.
Isabel Sousa, 63 anos, Lisboa
Desafio RS nº21 – de 3 em 3 plvrs 1
começada em B
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