É quando te olho,
nessa mudez altaneira,
nesse teu meio-sorriso
(assim,
hifenizado),
que a minha complacência,
de viés,
desliza por ti acima,
num quase-tango
(também hifenizado).
Podes semi-cerrar
(hifenizadamente)
os teus lábios,
podes virar a cara
e a permanente,
que a minha complacência,
deslizará sempre
por ti acima;
e mesmo que navegues
o teu pedantismo,
pelas águas indiferentes,
a minha complacência
sempre te atirará
borda-fora
(nem o hífen
te livrará
do mergulho
e do espalhafato).
Assim será.
Jaime A., 51 anos,
Lisboa (agora em Mortágua)
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