Para bruxa só lhe faltava mesmo o queixo
afilado. De resto tinha tudo. Cabelo desgrenhado, chapéu bicudo e vestido preto
a condizer. “Bruxa” o adjectivo servia-lhe na perfeição. Mulher amarga de poucos sorrisos, não
recolhia simpatias de ninguém. O seu olhar curioso da vida alheia, revertia um
bom dia numa autêntica invernia, qualquer ponta de informação dava desgraça
certa. De nome Josefa até gato preto tinha. Só não tinha ninguém por companhia. Toda a gente dela
fugia.
Paulo Roma, 52 anos, Lisboa
Desafio RS nº 28 –
Josefa, intriguista e bruxa
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