08/09/15

Ai o estafermo...

Sentada no cimento à porta de casa, Ludmila Faneca pintava as unhas à freguesa Marilú. Anoitecia já e só a lamparina acesa permitia a Ludmila Faneca executar tão delicada tarefa. De repente, o estafermo do marido da freguesa acerca-se aos gritos pela mulher. Gordo, a precisar de um verdadeiro regime, mais parecia um elefante.
–  Querido, estou a pôr-me bela para você!
O tom melodioso de Marilú, sublinhado pelo sotaque brasileiro, transformou então o elefante num manso cordeiro…

Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada

Desafio RS nº 17 – Ludmila Faneca

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