O dia era de inverno, frio, escuro e triste, como a sua
alma que transparecia através do olhar sem brilho, cansado. A decisão estava
tomada. Nada a faria continuar a fingir, nem a contornar a solidão dos dias,
preenchidos apenas com a lista de presentes de natal e aquela aflição dentro do
peito. O casamento já há muito tinha terminado, manter as aparências neste
momento mais não seria que prolongar a dor. E essa era apenas sua.
Alda Gonçalves, 48 anos, Porto
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