Ouvir
a criação do outro lado do muro, no quintal vizinho, agitada na disputa pela
comida, deixava-a num frenesim. Queria a todo o custo vê-la. Era pequenina,
embora comprida, e por mais que saltasse nunca conseguia subir para o muro.
Gemia a pedir colo, pois, assim, espreitava numa alegria espantosa. Um dia o
pedido teve como resposta ‘espera!’. Qual quê? Esgueirou-se numa toca no chão e
desapareceu. Aí vai de escavar um túnel para o outro lado.
Rosa
Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Coimbra
Desafio nº 97
– galinha de encontro ao vidro
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