Peter
Peter permanecia encostado a um velho e ferrugento portão de armazém. Sonhador, assistia à repetição dos dias sem cor, juntando-se à revolta dos frágeis corações adolescentes que, inconformados com a dureza da vida do mar, almejavam um futuro diferente.
Tremia muito, de frio sim, mas também
de espanto, ao assistir à sua história, através dos jovens rapazes
que oscilavam confusos entre barcos no velho Porto de Grimsby.
Caiu desamparado no chão e chorou, chorou muito.
Morreu sozinho.
Sandra Pilar Paulino, 44 anos, Barreiro
Desafio nº 92 –
associar: frio, espanto, revolta e repetição
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