Antes que a vida vire futuro
e o presente já não seja uma prenda.
Antes que o sol se ponha
e as mulheres esqueçam o dar à luz.
Antes que tudo seja já passado,
antes que o teu sorriso
já nem seja memória,
antes que as tuas mãos
tenham esquecido
o sabor do meu rosto,
a prática dos afectos,
volta-te e beija o poente,
que as flores aninhem
o teu poema
e as tuas mágoas virem nuvens.
Jaime A., 51 anos, Lisboa
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