Zé Patrocínio era o conciliador natural numa
fratria de quatro. A ele recorriam quando a diplomacia se impunha; não
era matroco, nem fazia teatro. Nunca atropelava as
ideias dos outros.
Certo dia, há sempre um dia, atroou um atroz
incidente que comprometeu a glória de Patrocínio: atribuíam-lhe
culpas pelo choque entre dois ciclistas, causado pelo alcatroado em
frente à sua casa, solicitado à Câmara, mas que ficara defeituoso.
Determinado, recompôs-se. Honrou o patronímico
e os amigos voltaram.
Elisabeth
Oliveira Janeiro, 71 anos, Lisboa
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