Pavoroso aquele dia. Numa rugosa calçada, amanteigada pela chuva, o
carro guinou. Sentiu-se percorrer um chão lodoso que a atirou para dentro do rio. Ardilosa, a água limitou-se a encher o seu
espaço. Receosa de não sobreviver àquele ruinoso momento, gritou desesperada. Sentiu a
pele sedosa daquele bondoso jovem. O caridoso gesto salvara-lhe a vida. Naquela chuvosa manhã, o destino atirou-a para os
braços daquele formoso moço. Sentia-se venturosa, ganhara um marido. Ditoso o dia! Valiosa descoberta!
Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
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