06/11/15

Outro começo

Ninguém quer a tragédia no Réveillon. As pessoas ficam à espera dos momentos ternos, desses que preenchem o espírito pelas novidades, pelo começo imprevisível.
A praça de Madrid levava-me pelo solo vibrante, agitado com a energia dos milhões de corpos como o meu, todos sob os efeitos do doce vinho. Quis ir embora. E enquanto estava a caminhar pela Av. Gran Vía, uma árvore que gostava de cabeças, e particularmente da minha, deixou-me acamada no chão molhado.

Andrea Crespo Madrid, 20 anos, Salamanca, Espanha (mas nascida em Valencia, Venezuela)
Mais textos aqui: http://www.filoloca.wordpress.com

Desafio nº 100 – «e foi por isso que me escrevi»

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