Sobrava-lhe o ouvir… há muito que perdera a
visão. A rádio era a sua constante companhia. Pela manhã, despertava ao som
daquela melodiosa voz. Não conhecia o rosto, mas a voz daquele corpo
despertava-a para a sua vida ausente de imagens. Ao som das vozes da rádio que
escorriam ao longo das horas, conseguia, agora, perceber o mundo de outra
forma. Um mundo onde nele aportavam as imagens que conseguia tecer com as
palavras escoadas da rádio…
Amélia Meireles, 62 anos,
Ponta Delgada
Desafio Rádio Sim nº 1 – história tem de falar de rádio
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