Embrulhou-o com
todo o cuidado. Guardou-o no lugar improvável de
encontrões, pois não queria que se partisse de modo nenhum. Era grande e
tinha-lhe custado as suas pequenas economias. Tinha que cair para cima do ovo!
Tinha que estragar a surpresa… Só lhe apetecia esganar-lhe o pescoço.
Momentaneamente, pensou no espírito da Páscoa. Afinal, era só um ovo de Páscoa… Havia tantas outras formas de adoçar a
vida dos outros… Sorriu, abraçou-o e comeram o que restou…
Amélia Meireles,
62 anos, Ponta Delgada
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