Havia quem a
visse frágil como um lírio, mas só eu sabia que tinha a
elegância de um elefante em loja de porcelanas. Com aquele
pigarrear e uma tosse seca, qual bruxa, incomodava tudo e todos. Eu
só sonhava com um agrafador para fechar a boca, não à tosse, mas às
maldades e aos insultos gratuitos.
E se alguém
a chamava à atenção, ainda perguntava com aquele ar inocente: mas que
história é esta? Que disse eu?
Ana Paula Paiva,
50 anos, Porto
Desafio nº 89
– hist c tosse+lírio+elefante+agrafador
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