As sapatilhas eram de pano, vermelhas,
lindas de morrer. Fascinava-me a aderência, mesmo nos pisos mais escorregadios.
Com elas, sentia-me herói. Nas corridas, faziam-me voar e ganhava sempre. Nas
aulas, refinavam-me o pensamento e nunca errava os exercícios… espantava-me
comigo mesmo.
Como as adorava!
Ah… nunca tivesse ido ao rio naquele
dia! Quando saí da água, tinham-mas roubado…
Mas, o amor que lhes tinha continuou
vivo e, ainda hoje, de vez em quando, vem aconchegar-me o coração.
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