Baixaste os ombros,
não, não os encolheste,
num desprezo banal, ateu.
apontaste os pés para a terra,
ara a Terra,
na sacra dúvida.
Labutaste nessa dúvida,
com a certeza
que um
Deus ostenta
numa
vitória perdida.
Teus
músculos ainda sustiveram
os teus
ossos,
na integridade
simétrica da encenação.
Tua
cabeça pendeu,
finalmente,
na interrogação
da terra,
da Terra.
As tuas
forças iam fluindo,
escapulindo-se
como névoa na noite.
Foste
erguendo a cabeça,
Homem
das dores:
está
consumado.
Jaime
A., 52 anos, Lisboa
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