Não quero acordar. Não me lavo, nem como. Não preparo
o lanche, o dia, a tarefa. Não ouço conversas absurdas. Não digo
“Bom-dia!”. Não, não e não! Esta
espera mata-me! Já não tenho unhas. Não me
deixam acampar perto do pavilhão do concerto da Beyoncé. Admiro-lhe todos
os talentos. Não me cansa o último álbum. Mas o tempo não passa…
O dia teima em não chegar. Eles não param de
me chatear. “Ok. Já me levanto, mãe! Fogo!”
Graça Pereira, Setúbal
Desafio nº 59 – 14 vezes a palavra não
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