A casa num caos e eu tão cansada. Os rapazes a
desarrumar roupa; eu a ficar com as terminações nervosas ao rubro. Faço
advertências, ameaças, chantagem emocional, promessas mentirosas. Nada. Ninguém
mexe um alfinete. Então resolvo cantar. Assomam à porta para saber se estou
bem, o marido descola-se do sofá.
– Porque cantas? – perguntam-me.
– Porque a casa está muito desarrumada, não tenho tempo para a arrumar e estou nervosa.
E a casa “arrumou-se”. Ah, como é bom desafinar!
– Porque cantas? – perguntam-me.
– Porque a casa está muito desarrumada, não tenho tempo para a arrumar e estou nervosa.
E a casa “arrumou-se”. Ah, como é bom desafinar!
Maria José Castro, 56 anos, Azeitão
Desafio Escritiva nº 6 – poderes mágicos no corpo
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