Usei uma pena
para escrever histórias de princesas, pareceu-me
poético. Mas não resultou… a memória da pena eclipsara-se.
Desiludida, fitei o fogo da lareira e adormeci. Um sorriso acordou-me a alma.
– Uma pena bolorenta, francamente? – uma criança desafiou-me.
– Adultos parvos! – escarneceu um gato.
– Cala-te barrigudo, aquela sou eu!
Uma nuvem cinzenta pairou, enquanto a pena caia na lareira.
– Só existes porque eu quero, gato!
Num piscar de olhos, o gato transformara-se na gaivota que povoou a
minha infância.
poético. Mas não resultou… a memória da pena eclipsara-se.
Desiludida, fitei o fogo da lareira e adormeci. Um sorriso acordou-me a alma.
– Uma pena bolorenta, francamente? – uma criança desafiou-me.
– Adultos parvos! – escarneceu um gato.
– Cala-te barrigudo, aquela sou eu!
Uma nuvem cinzenta pairou, enquanto a pena caia na lareira.
– Só existes porque eu quero, gato!
Num piscar de olhos, o gato transformara-se na gaivota que povoou a
minha infância.
Lourença
Oliveira, 44 anos, S. João do Estoril
Desafio nº 1
– palavras impostas: pena, sorriso, fogo
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