Os poemas são pássaros que chegam.
Chegou um agora de manhã no meu computador, que ficou rosado, depois dourado,
depois lilás e depois violeta.
Superaqueceu-se, explodiu, o pássaro saiu voando em
círculos e fez ninho em mim, no coração.
Nasceram passarinhos-palavras, que mandei voando,
rápidos, leves, para o outro lado do mundo. Eles pousaram noutro vídeo e de lá
vão aninhar-se e multiplicar-se, graciosos, em emplumados filhotinhos, que
novamente vão voar. Tem sangue eterno a asa ritmada.
Os poemas são pássaros que chegam. Mário
Quintana, "Os poemas"
Tem sangue eterno a asa ritmada. Cecília Meireles,
"Motivo"
Celina Silva Pereira, 65 anos, Brasília, Brasil.
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