Hoje queria dormir,
queria enroscar-me no meu sono,
a boca fechada,
os olhos semi-cerrados na minha própria loucura.
Queria fechar os braços,
enclavinhar as mãos.
Amanhã queria acordar,
a boca ainda fechada,
o meu silêncio
o meu porta-voz,
o meu pisa-passados.
Ver.
Apenas.
O ruído do silêncio afoitando-se por mim acima.
Nada mais.
Só então terei descoberto
que a palavra é rica na sua parcimónia,
e que a brisa da morte não é susto,
não é gelo.
a boca fechada,
os olhos semi-cerrados na minha própria loucura.
Queria fechar os braços,
enclavinhar as mãos.
Amanhã queria acordar,
a boca ainda fechada,
o meu silêncio
o meu porta-voz,
o meu pisa-passados.
Ver.
Apenas.
O ruído do silêncio afoitando-se por mim acima.
Nada mais.
Só então terei descoberto
que a palavra é rica na sua parcimónia,
e que a brisa da morte não é susto,
não é gelo.
Jaime A., 51 anos, Lisboa
Publicado em: http://soprodivino.blogspot.
Sem comentários:
Enviar um comentário