É na dureza da tábua
que se adentra a manhã,
deslizando sem torpor,
sem atrito.
É a madrugada
que roça as pálpebras,
o som do pó nas tábuas,
a noite esquecendo-se
pelas frinchas acima.
Varre, também,
a obsessão do pensamento
ladeado pela demência
das horas lentas,
fincadas no infinito.
A madrugada sopra
de mansinho
a poesia do sonho
legitimado.
É na madrugada
que se assina o pacto
com a luz,
mesmo na dureza
do seu refulgir metálico.
Jaime
A., 51 anos, Lisboa
texto completo na hiperligação http://soprodivino.blogspot.pt/2016/04/madrugando.html#links
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