Adormecia todas as noites com aquela pinga.
Aquele som, fazia-me sonhar,
Sonhava que dançava uma valsa em Viena de Áustria,
ou um tango em Paris.
Mas acordava, e os sonhos ficavam esquecidos,
só conseguia lembrar-me daquela maldita pinga,
vinda do tecto, que precisava de arranjo, e
não havia cheta para o efeito.
Punha um balde para aparar a água,
sempre regava o mal-me-quer.
Esse era outro que não merecia,
a água que bebia, saiu-me
um grandessíssimo mentiroso.
Natalina Marques, 56 anos, Palmela
Desafio nº 43
– imagem de uma gota a cair numa superfície lisa de água
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