Fechou a velha agenda na qual registava
momentos e pequenas emoções. Era o seu castelo de juras, um tributo às
conquistas do tempo, furando os dias e as noites mais difíceis. Grande e feliz
o sonho que a conduzia. Nada mais importava, nem os degraus do medo, nem os
sustos da dor. Seguir em frente e construir a jangada sobre a tremenda
tempestade da vida, olhando-a sorrindo por percebê-la enfim rendida no
nada em que se transformara.
Paula Coelho Pais, 54 anos, Lisboa
Desafio nº 74
– nada em que se transformara
Sem comentários:
Enviar um comentário