Primeiro tínhamos um grande nevoeiro dentro de nós que nunca mais nos
largava. Depois o sol começou a brilhar. Ficou tão forte que acabou por nos
encadear. Estávamos encadeados e tivemos de fechar os olhos. Mas não tivemos de
deixar de acreditar. Aos poucos fomos abrindo os olhos muito devagarinho e no
final de tudo fomos nós quem ficou com os olhos mais abertos. Isto é a mística
história de um campeão, sempre a voar mais alto.
Gonçalo, 11 anos, Lisboa
(partindo
do poema Ver Claro, de Eugénio de
Andrade)
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