Amanhecia! Céu cinzento. Pingolava. Trabalhar? Pouco apetecível. Mas um dia
cinzento não servia como justificação. Saí de casa e abri o guarda-chuva para
chegar ao carro. Pequenas gotas de chuva caíam, contornavam a copa redonda,
caindo paralelamente à vareta. Já dentro do carro, mãos no volante, senti uma
mecha de cabelo soltar uma gota que se alojou no centro da testa, escorrendo
lentamente até entre os olhos, acelerando vertiginosamente nariz abaixo,
espalhando-se entre os lábios. Sem sabor!
Fátima Fradique, 42 anos, Fundão
Desafio nº 91
– cena metafórica de gota de chuva que acaba numa poça
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