As escarpas anunciavam-se dominadoras. Vale, Rio e Aldeia eram-lhe
submissos, e a vida fluía sem sobressaltos. Mariazinha é que na garridice
dos doze anos, fermentava ideias que não cabiam na aldeia. Solenemente
escreveu:
– Hei-de ir ao outro lado do mundo. E alguém me esperará.
O recado involucrado numa garrafa, fez-se ao rio. Mas o rio era
preguiçoso e a mensagem só chegou doze anos depois. Foi Mariazinha quem a
apanhou com a ajuda de quem a esperava.
Elisabeth
Oliveira Janeiro, 71 anos, Lisboa
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