De agrafador no peito vivia
donzela Maria. Guardara até aquele dia o amor bem agrafado. De tão apertado que
estava o peito, Maria tossia, tossia. A tosse
era seca parecia um elefante na
savana ao calor abrasador, deitado.
Já cansada e desesperada arrancou os agrafos, furiosa. Findara aquele amor.
Sangrou de dor o peito. A tosse terminou.
E agora Maria – a donzela vive no jardim de noite e de dia e lá figura o
seu lírio predileto.
Andrea Ramos, 40 anos, Torres Vedras
Desafio nº 89
– hist c tosse+lírio+elefante+agrafador
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