Dia de limpeza. Custava mas era inevitável. A
brancura e a pureza eram mais importantes. Abriu a janela e sacudiu o pó da sua
vida. Aspirou os maus conselhos e lavou as intrigas. Respirou. Sentia-se
melhor. Espreguiçou-se. Outra vez. Que bom! A casa estava como nova, sem
espíritos a espreitarem atrás das portas e a sussurrarem nas janelas.
Sentou-se. Sentia-se viva e renovada. Abriu a gaveta. Olhou. Sorriu. Um
chocolate. Era seu e merecido. Comeu-o. Adorou! Delirou!
Margarida Vale, 55 anos,
Seixal
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