Daniel corria campo aberto. Passava perna a quem o
tentasse ultrapassar. Nos balneários agarrava na toalha e chibatava os colegas...
Na sala de aula, escondia-se nas carteiras de trás. Menino travesso ainda tinha
coração de oiro. Com conversas e sorriso de fogo brando, o coração de Daniel
deixou voar a dor ― sem pena ― e mais um menino confiante se revelou...
Traiçoeiro cancro invadiu-lhe a alma. Fogo
bravo no amor. Pena densa no peito. Sorriso eterno na memória.
Eurídice Rocha, 50 anos, Coimbra
Desafio nº 1
– palavras impostas: pena, sorriso, fogo
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