Os ponteiros sinistros dos relógios, enrugam a carne e simulam o galgar da
vida...
nada como o espaçado caminhar da tartaruga!
Cara retorcida, com um receoso sorriso à espreita dos enigmas do
pensamento.
Caos chama o corpo e lança raios em todas as direcções... sem qualquer
sentido.
Quero partir em busca da chave perdida...
mas aqui paralisada,
neste canto de dor,
em busca de coisa nenhuma, numa fuga solitária,
entrego-me ao nenhum e cerro-me neste ábaco adossado.
Eurídice Rocha, 50 anos, Coimbra
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