Ah! Que bem que se está na letra circular. Faz-me sentir numa nuvem, a
equilibrar-me, semelhante a uma bailarina. Encanta-me admirar as tulipas
amarelas e vermelhas, as camélias brancas rajadas que
caem e fazem
tapetes. Delicia-me estar aqui a deixar-me seduzir pela beleza da natureza, mas
a mãe chama-me: está a cama para fazer, a saia para arrumar, a blusa para
pendurar, cara e dentes para lavar. A campainha da entrada prepara-se para
tilintar. Pára de inventar.
Cândida Jardim, 53 anos, Ovar
Desafio nº 76
– escrever sem a letra O
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