Alheada
Vive consigo mesma uma insanidade. Sacrifica-se pelos seres amados.
Envelhece, parando no tempo. Esquece-se de si (despertando para a realidade só
para ajudar quem ama). Umas vezes, alheia-se,
outras sonha. Na sua solidão
visceral, alimenta-se, inventando histórias, encontrando soluções para apoiar e
resolver os obstáculos dos seus seres afectivos.Nessa miscelânea de sonho acordado, ora caminha pelo outro, ora paralisa para si. Pergunta-se muitas vezes: notarão? Não sabe. Isola-se num espaço de casa nomeado a sua nação.
Isabel Pinto, Setúbal
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