Faz tempo
Faz tempo que te não vejo.
Faz tempo que te não vejo.
O anoitecer, a sua luz,
manchas vivazes,
de ti.
Pediste-me que atentasse no Sol,
na Lua,
os teus sinais viriam.
Miro o mar e
os montes que nele mergulham.
Só imagens fugazes
reversas na sua descontinuidade.
Paira uma manta de esquecimento,
um lençol de valquírias chorosas;
não há reino etéreo
onde guardar a tua memória.
Assim me sustento,
nas cores de uma paleta,
nas tintas que se extinguem.
Jaime
A., 52 anos, Lisboa
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tão bonito Jaime. adorei. Parabéns
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