Nunca houve desmedidas demonstrações de afetividade. Os nossos
feitios eram tão divergentes! Mas sempre tivemos um carinho grande
uma pela outra. Diria mesmo que tínhamos uma cumplicidade reservada.
Sinto desalento de saber que o nosso homenzinho não vai
ser adolescente nem adulto na sua companhia.
No leito da morte, segredei-lhe a gratidão que tenho por
me ter “dado” o amor da minha vida.
Que melancolia ter (pres)sentido, “abrace-me, porque este
é o último abraço que me dá”.
Mireille
Amaral, 41 anos, Gondomar
Desafio nº 45 – emoções por ordem alfabética
(nota:
baseado numa frase de A. Lobo Antunes
Sem comentários:
Enviar um comentário