A t-shirt
Eu era uma t-shirt bem tratada, lavada sempre
que usada, era como se fosse a número um das t-shirts que havia no roupeiro,
levava-me sempre vestida, no inverno levava-me debaixo da swet, da camisola de
gorro e do casaco, na primavera em cima da swet e no outono debaixo da camisola
de gorro.
Houve um dia em que eu deixei de servir e
atiraram-me pela janela. Passei dias a voar até que parei à porta de um mecânico,
e agora usam-me como pano.
David Prudêncio Espírito Santo, 11 anos, Torres Vedras
Desafio
Escritiva nº 19 ― vidas
passadas de objetos
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