Desangolana no deslubango
Tantas horas a voar…
pôr pés de chão?
Corpos de meninos surgiam entre plásticos. Poeiras numa luta infindável
pela sobrevivência. Não lhes sorriam estrelas no olhar. Não lhes rasgavam
sonhos no coração… tipo braços mecânicos, secos, arrastavam lixo com garras a
iluminar ponta de comida fétida, maquinalmente engolida.
Filhos da nossa terra destratados!
“Quantos pobres são precisos para fazer um rico?” qual tornado jardim? qual
justiça dos homens na secura da fome dos olhos de uma criança?
Eurídice Rocha, 51 anos, Coimbra
Desafio nº 125 – tornado no jardim
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