Ontem, esteve uma tempestade medonha... choveu e trovejou imenso.
Eu habito sozinha, tenho pavor do ribombar dos trovões. Esta noite não
descansei tranquilamente.
Finalmente, a chuva cessou, o sol brilha, os pássaros cantam... pude
observar uma gota escorrer da rama do pinheiro do jardim, serpenteando
velozmente no tronco da árvore, aterrando posteriormente numa poça gigantesca.
Esta gota gosta de viver em comunidade com outras irmãs da chuva; já eu,
sou uma eremita solitária e sê-lo-ei para sempre.
Susana Sofia Miranda
Santos, 38 anos, Porto
Desafio nº 91
– cena metafórica de gota de chuva que acaba numa poça
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