És uma tonta! De tanto
ouvires os outros ficaste surda para ti!
Aquelas palavras
ecoavam na minha cabeça sem dar tréguas. Percebi que não podia continuar a ser
a rapariga simpática, disponível para tudo e todos mas sem tempo para si, sem
tempo para viver.
Olhei-me ao espelho,
vi um rosto desmaiado, sugado por vidas alheias. E aquele silêncio obsceno que
em mim vivia… soltou-se.
Aprendi a amar-me
nesse instante. E foi por isso que me escrevi.
Carla Augusto, 49 anos, Alenquer
Desafio nº 100
– «e foi por isso que me escrevi»
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