Meu amor
Entre a miséria exaltam-se tesouros que aliviam os dias e os tornam
prováveis. Mil cores de mil tecidos ágeis balanceiam-se nos corpos torneados
das gentes dóceis, onde guerra não se espelhou.
Sorrisos resplandecentes esculpidos na dor de um povo feito de almas suaves
– sentenças correm no desenrodilhar do tempo amamentando elos. Povo dócil
esculpido na dor!
Terra pó assalta-nos corpo, talha-nos esculturas da leveza branda do ser.
Odores distintos enlaçam-nos paisagem inebriante.
Quero-me tu, só tu, Angola!
Eurídice Rocha, 51 anos, Coimbra
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