O Marco era
uma presença quase impercetível, uma sombra discreta, que se apagava por entre
risos alegres e outras presenças espirituosas. Na aula de cidadania, uma
conversa acesa na turma, levava a atitudes definitivas e frases extremadas:
“Não gosto de ciganos! E nada me fará mudar de ideias”. O olhar quieto e a face
impávida, começou a alterar-se. O Marco acordou, mudou a postura, cresceu na
cadeira e disse: “Eu sou cigano e tu gostas de mim.”
Paula Cruz, 42 anos, Viana do Castelo
Desafio nº 91
– cena metafórica de gota de chuva que acaba numa poça
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