Como um iceberg devagar florindo
Como a nuvem que célere se
incendeia
Revolve-se o tempo no seu
labirinto
Insane, gritante o silêncio que
rodeia.
Como ácido feroz adoçando a
ferida
Como os insetos na lava dum
vulcão
Finto errante os tormentos desta
vida
Viajante preso em rede de
alucinação.
Como num sonho, desato a consciência
Solto fantasmas em voltas de assombrar
Desnudo, retomo o meu caminho até ao mar
Vão-me doendo os olhos já de serem tristes.
Como num sonho, desato a consciência
Solto fantasmas em voltas de assombrar
Desnudo, retomo o meu caminho até ao mar
Vão-me doendo os olhos já de serem tristes.
Helena Rosinha, 65 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 35 – partindo de dois
versos de autor
António José Forte, Uma Faca nos
Dentes (Antígona, 2017 ) - Como um iceberg devagar florindo
+
Carlos de
Oliveira, Trabalho Poético I (Sá da Costa, s/d ) - Vão-me doendo os
olhos já de serem tristes.
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