O TANGEDOR DE
ROTA
No escuro canto de uma estreita rua
sentado, como marinho na proa da barca,
fazia soar queixumeira a sua velha rota.
Por aquelas cordas rasgadas com aguda pua
capaz era de coar a roaz pena
de um amor que, oculto, mora nela.
Voar deixa lastimeira a sua chirriante voz
batendo, qual tempestuoso mar contra a roca,
os corações dos que por lá passam.
Roda pelo ar o seu zoar atroz
ferindo, qual a roxa espinha da rosa,
as almas com o seu encanto atrapalhadas.
Sob o raso céu ouve-se aquele troar
deixando as tristes mágoas lá fora escapar.
Mónica Marcos Celestino, 45 anos, Salamanca (Espanha)
No escuro canto de uma estreita rua
sentado, como marinho na proa da barca,
fazia soar queixumeira a sua velha rota.
Por aquelas cordas rasgadas com aguda pua
capaz era de coar a roaz pena
de um amor que, oculto, mora nela.
Voar deixa lastimeira a sua chirriante voz
batendo, qual tempestuoso mar contra a roca,
os corações dos que por lá passam.
Roda pelo ar o seu zoar atroz
ferindo, qual a roxa espinha da rosa,
as almas com o seu encanto atrapalhadas.
Sob o raso céu ouve-se aquele troar
deixando as tristes mágoas lá fora escapar.
Mónica Marcos Celestino, 45 anos, Salamanca (Espanha)
Desafio nº 132 ― AOR + 1
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