17/02/18

Ana Beatriz ― desafio 100


Gratidão
Novamente, nevoeiro cerrado ― não via palmo de chão! Caminhava à beira do rio, aquela frescura parecia um beijo a despertar-me. Como via muito pouco, os tropeções eram frequentes, mas conseguia equilibrar-me.
Do frio tonificante e nevoeiro intenso, apareceu um raio de luz, que rosou o ambiente envolvente. 
Não havia vento, nem brisa, apenas um ar tépido, sem movimento ― semelhante ao afago dos anjos. Não sabia como agradecer. Sentia-me leve, protegida, amada! Foi por isso que me escrevi.
Ana Beatriz, 39 anos, Lisboa
Desafio nº 100 – «e foi por isso que me escrevi»


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