Ontem, foi ontem, que me aconteceu. Derramei-me
no diário como um rio no oceano. O segredo da minha dor rebentou, não encontrei
vizinhos, nem companheiros, muito menos qualquer amigo para emparedar este
sofrimento. Sou diferente, não ouço, não vejo, não sinto como o indiferente.
Lancei-me nas páginas como em céu aberto. Só aqui os sentimentos têm uma
audiência perplexa, mas confidente, só aqui uma mão me afaga o súbito
crescimento… e foi por isso que me escrevi.
Constantino Mendes Alves, 59 anos, Leiria
Desafio nº 100
– «e foi por isso que me escrevi»
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