Toca o apito. Não é bem um
apito, mas o alarme da cozinha que soa como um apito e anuncia que o cabrito do
almoço está pronto. Vou deliciar-me com o peito, tenro e saboroso,
enquanto todos os outros preferem as patas. Na gaiola, o periquito chilreia
alegremente. Chamo para a mesa, mas ninguém me ouve. Repito o
chamamento. Comer cabrito assado no domingo de Páscoa é manter o respeito por
um quase sagrado e delicioso rito.
Maria do Rosário Morujão, 52 anos, Lisboa
Desafio nº 135 – 7 palavras com ITO
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