Era apenas um retrato de
Luís Vaz de Camões que tinha só um olho e uma boca. Fui à rua e só via o
retrato por todo o lado. Para qualquer lado que me virava não via outra coisa.
Decidi fechar os olhos e voltar a abrir para ver se desaparecia, nada... Foram
tantas vezes que até me doía os olhos de tanto abrir e fechar. Então quando
acordei, percebi que tudo tinha deixado de
fazer sentido.
Vieira, A. (1998). Poesia, Dois Corpos
Tombando na Água. Editorial Caminho. Lisboa.
Rodrigo
Peres, 11 anos, Olhão, Escola
EB 2/3 Professor Paula Nogueira, Prof.ª Cândida Vieira
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