― Não me provoque, candeeiro.
― É verdade! Eu ilumino uma sala
inteira. E você?
― Descubro caminhos, grutas,
faço brilhar olhos de raposa, baralho insetos à noite. Ajudo a subir escadas
sem luz. Vou ao sótão na clandestinidade, e até falo código de morse, para ser
entendida ao longe.
Calou-se o candeeiro. Afinal,
ele só iluminava aquela sala. Agora, queria ser uma lanterna.
Margarida
Fonseca Santos
OUVIR
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