Não reparei a nossa relação, não
tentei. Nem reparei na relação entre aquele dia e outros onde me perdia. Fiquei
a mastigar os minutos de um tempo que me construíra em tristeza.
Naquela tarde, seguraste-me,
convicto, atravessaste-te em mim, impedindo-me de sentir o vazio. Mostraste-me
assim quem eras. Na minha desorganização assustada, vi-te inteiro. Só depois
entendi: reescreveríamos a dois a relação inacabada. Aceitei-te.
Margarida
Fonseca Santos
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